Brad Smith, presidente da Microsoft, anunciou nesta sexta-feira (28) uma parceria de 10 anos com a Nware, serviço de cloud gaming fundado na Espanha. Com a parceria, os jogos para PCs produzidos pelo Xbox Studios estarão disponíveis na plataforma de jogos em nuvem. O acordo parece ser mais um esforço da Big Tech para ter a aquisição da Activision aprovado na União Europeia.
E o anúncio da parceria mostra isso. No tweet publicado por Brad Smith, a imagem com o informe do acordo cita que jogos da Activision estarão disponíveis assim que a compra da empresa for finalizada — isso que é confiança. Na última quarta-feira (28), o órgão regulador de mercado do Reino Unido vetou a aquisição por considerar que a compra prejudicaria a competição.
Com o não no Reino Unido e outros julgamentos previstos para as próximas semanas, a Microsoft tem que mostrar realmente está prezando pela competição justa com os seus rivais.
A parceria com a Nware, sediada em um país da União Europeia (EU), não foi a primeira anunciada pela Microsoft desde o anúncio da compra da Activision, divulgado em janeiro de 2022.
Em dezembro do ano passado, a Big Tech anunciou que a série Call of Duty será levada para os consoles da Nintendo. O acordo tem validade de 10 anos e começa a valer assim que a aquisição da Activision for aprovada. Na mesma época, Brad Smith se comprometeu a continuar o lançamento simultâneo de jogos da série para a Steam e Xbox.
Smith revelou que a mesma proposta foi feita para a PlayStation — que rejeitou a oferta.
Já em 2023, no mês de fevereiro, a Microsoft e a Nvidia anunciaram que jogos do Xbox estão disponíveis no GeForce Now, plataforma de streaming de jogos da fabricante de hardware. O acordo também tem duração de 10 anos.
Desde que os órgãos reguladores dos Estados Unidos (FTC), União Europeia (CE) e Reino Unido (CMA) iniciaram suas investigações para aprovar ou não a compra, a Microsoft começou a se mexer para rebater qualquer acusação de que a compra da Activision geraria monopólio ou competição desleal.
Logo no anúncio da aquisição, Phil Spencer, CEO da Microsoft Gaming, declarou que a Activision continuaria operando de maneira independente. Isso somado a outros fatores não foram o suficiente para a CMA vetar a compra.